Alain e sua esposa Sylvanie se conheceram na escola de enologia em Beaune, nos anos 90. Tempos depois, Alain foi parar no Macon para cuidar de 13 hectares de vinhedos abandonados em La Roche Vineuse, com um contrato de arrendamento. La Roche Vineuse fica em um flanco de pedra calcárea profunda perfeita para a produção de Chardonnay. Desde 1993 os vinhedos passaram a pertencer a Normand e desde então o domaine continuou a se expandir.
Em 2009, Sylvaine herdou os vinhedos da família. A maioria em Solutré, alguns em Chaintré e aos poucos com o tempo o casal foi retomando a posse dessas parcelas, algumas das quais haviam sido cedidas em contratos de arrendamento, sendo que em 2010 os dois passaram a ser sócios no negócio. Em 2017 eles passaram a vinificar em uma nova estrutura, construída por eles, muito mais moderna, construída perto de La Roche-Vineuse.
Os 35 hectares atuais de vinhedo da família estão espalhados por várias áreas na região do Macon que incluem Solutré, Chaintré, Prissé, Igé e La Roche Vineuse.
Em 2020 a apelação de Pouilly-Fuissé inaugurou uma nova classificação de premier cru, que demorou 10 anos para sair do papel, contando com 22 crus, espalhados entre Chaintré, Fuissé, Solutré-Pouilly e Vergisson. Entre os vinhedos herdados por Sylvanie, estava uma pequena parcela de vinhas velhas em Solutré-au-Vignerais, antes um lieu-dit que ganhou o status de Premier Cru.
Desde o início, Alain tem feito vinho da maneira mais natural possível, com fermentações espontâneas e longas e gentis élevages sobre as lías. Alain deixa as leveduras ditar o tempo da fermentação, e consequentemente o do engarrafamento, normalmente mais tarde que o do resto dos produtores locais por conta da fermentação cuidadosa e lenta. Ele raramente clarifica os vinhos e é comum que também não os filtre.
A vinícola respeita e compartilha tradições locais com a produção de vinhos naturais de qualidade, se adaptando ao território de forma sustentável. O casal tem trabalhado progressivamente para transformar seus vinhedos em viticultura orgânica e esperam conseguir a certificação completa em 2024.
Em 2023 o filho deles, Thomas, se juntou a eles no domaine, tendo finalizado seus estudos na escola de viticultura de Beaune, a mesma escola onde seus pais completaram seus estudos 30 anos antes.